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domingo, 12 de junho de 2011

peça teatral - Vardielo ( engraçada)/ roteiro para feira literária

Teatro Vardielo

Vardielo

Narrador - Era uma vez uma pobre viúva Chamada Granóia, que tinha um filho de nome Vardielo. Embora para a mãe ele fosse uma criança sem problemas, os vizinhos o achavam um pouco abobalhado.
V.1-  Você viu o que o vardielo, o filho da Granóia fez?
V.2- É mesmo, nunca vi um menino tão abobalhado.
V.3- Abobalhado? Aquilo ali, não é abobalhado, é doido, abestalhado, um tonto, um maluco!
V.1- Coitada da Granóia, o que ela fez de tão ruim para merecer um filho tão atrapalhado e desajeitado?
Narrador _ Vardielo fazia traquinagens de toda a espécie, mas a pobre mãe, que o amava muito sempre o perdoava. Um dia, ela teve que sair para visitar um parente doente. Antes de partir recomendou ao filho:
Granóia - Filho, só voltarei à noite. Não deixe que a galinha choca saia do ninho, não faça bagunça na casa, nem mexa no vidro vermelho que está no armário, pois está cheio de veneno!
Vardielo - Pode ir tranqüila, mamãe!
Narrador - Assim que a mãe partiu, Vardielo desceu ao galinheiro. A galinha cansada de chocar, estava andando pelo terreiro. O menino pegou um bastão e começou a gritar:
Vardielo - Volte imediatamente para os ovos sua imbecil!
Galinha - Cocoricó, cocoricó, cocoricocóóóó.....cocoricóóó!!!
Vardielo - Volte para o ninho!
Narrador     - Apavorada, a galinha repetiu, batendo as asas:
Galinha - Cocoricó, cocoricó, cocoricocó!!!
Vardielo - Ah! Não quer me obedecer?! ( grita enraivecido e dá uma paulada na cabeça da galinha.)
Narrador   - e a pobre galinha caiu morta. Preocupado o menino pôs-se a pensar no que fazer. De repente teve uma idéia:
Vardielo   - vou me sentar sobre os ovos, não perceberão que não sou a galinha. Como sou inteligente , até eu mesmo fico espantado com minha inteligência!
Narrador  - E assim fez. Mas, naturalmente, logo que sentou sobre o ninho, todos os ovos se quebraram e ele se levantou com os fundos das calças todo sujo. Com medo de apanhar da mãe, resolveu fazer uma surpresa para agradá-la.depenou a galinha e, colocando- a num espeto, levou-a ao fogo.
Vardielo - Dessa forma quando a mamãe voltar encontrará o jantar pronto, e ficará tão feliz que não irá brigar comigo porque eu matei a galinha.
Narrador      - Mas aí teve uma outra idéia;
Vardielo - Vou preparar também um jarro de vinho. Ela ficará mais contente ainda!
Narrador    - Desceu até a adega com uma jarra para tirar o vinho do barril. Logo que abriu a torneira, ouviu um barulho na cozinha.
Vardielo -(Corre rapidamente, esquecendo-se, porém, de fechar a torneira...)
Narrador  - Vardielo chega a cozinha a tempo de ver  o gato, que havia abocanhado a galinha, derrubando o espeto.
Vardielo - Seu bicho feio! Largue minha galinha! (grita ameaçadoramente, apavorado o gato foge derrubando pratos e copos da prateleira)
Narrador     - apesar da bagunça na cozinha Vardielo, estava satisfeito.
Vardielo - Tá certo que a cozinha está uma bagunça, más pelo menos recuperei a galinha. ( limpa a galinha na roupa, coloca-a sobre a mesa e só então lembra- se do vinho).
Vardielo- ( entra correndo na adega, e vê muito assustado que deixou a torneira do barril aberta) _ que desastre eu aprontei! ( coloca as mãos na cabeça) que faço agora? Tenho que arrumar tudo antes que a mamãe volte!( aborrecido, senta-se num banquinho, com a cabeça entre as mãos, continua a procurar um a solução até que exclama:) Já sei!
( Então, Vardielo sai correndo até a cozinha para buscar a chave do celeiro. A gaveta na qual a mãe sempre a guardava, não se abria, mas com uma martelada Vardielo conseguiu arrombá-la. No celeiro, colocou um grande saco de farinha sobre os ombros e, com certa dificuldade, levou-a até a adega espalhando-a por toda parte).
Vardielo - assim eu enxugarei o vinho e mamãe não perceberá nada!
Narrador - Misturada ao vinho, à farinha logo se transformou numa pasta mole e avermelhada, sobre a qual Vardielo escorregou diversas vezes. Sujo e humilhado, percebendo que cada vez piorava mais a situação, começou a chorar:
Vardielo - Mamãe descobrirá que os ovos estão quebrados, a galinha morta, a louça destruída, que o gato fugiu, que não há mais vinho e a farinha... ( vai contando nos dedos o desastres que cometeu e chora muito...)
Narrador       - Então que ele resolve tomar uma decisão drástica;
Vardielo - Pegarei o veneno do armário e me matarei! ( fala fazendo o maior drama, come tudo o que está dentro do pote , fica com a cara toda melada de vermelho), agora com certeza irei morrer porque comi todo o veneno.
Narrador      -  Mas na verdade, o vidro do armário continha marmelada e Vardielo, experimentando veneno, esqueceu sua dor.gostou tanto que acabou com o pote. Depois de barriga cheia, foi deitar-se dentro do forno, esperando a morte. Pouco a pouco foi sentindo uma leve dor na barriga:
Vardielo - Estou morrendo! Mamãe não me encontrará vivo! ( nesse momento chega a mãe de Vardielo.)
Granóia - meu Deus,que desastre! _( grita, ao ver a bagunça)_ Onde você está Vardielo?
Vardielo - Estou morrendo, mamãe -( fala com a voz fraca)
Granóia - (assustada, aproxima-se do forno gritando) Vardielo! Vardielo! Responda, onde você está Vardielo?
Vardielo - Estou aqui, comi todo o veneno!
Granóia- Não era veneno! Era marmelada e eu não queria que você comesse.
( Enquanto fala, ela puxa o menino pelos pés e o tira do forno, depois olhando ao redor, coloca as mãos na cabeça): Vou demorar um tempão arrumando toda essa bagunça. Não terei tempo de ir ao mercado levar o rolo de tecido para vender. Você irá em meu lugar.
Narrador - Foi assim que, como de castigo, Vardielo partiu com o rolo debaixo do braço. No mercado pôs-se a gritar:
Vardielo - Quem comprar este belíssimo tecido?
Narrador - Depois de algum tempo, vendo que ninguém dava atenção, resolver ir embora. Saindo da praça, viu-se diante de uma velha estátua que pensou ser um senhor rico e disse-lhe:
Vardielo - Quer comprar este belíssimo tecido? Posso dá-lo por um bom preço. Não responde? Então significa que está de acordo. Tome-o.
Narrador- e deixando o tecido ao pé da estátua voltou para sua casa.
Vardielo - Mamãe, mamãe, vendi o tecido para um ilustre senhor! ( grita, todo contente)
Granóia - Quanto ele lhe pagou?
Vardielo - Pobre de mim! Esqueci de pegar o dinheiro. Vou rapidamente até lá, fique tranqüila.
Narrador - Quando chegou perto da estátua, o rolo tinha desaparecido. Então Vardielo perguntou à estátua:
Vardielo_ O tecido lhe agradou? Vejo que já levou para casa. Muito bem. Agora pague - me.
Narrador - Naturalmente, a estátua  não respondeu o rapaz, furioso com seu silêncio, perdeu a paciência e com o bastão pôs-se a golpear o monumento. No meio dos cacos, apareceu uma saco cheio de moedas de ouro. Satisfeito, Vardielo pegou as moedas e voltou para casa.
Narrador- Assustada diante do pequeno tesouro, a mãe começou a balbuciar:
Granóia- Mas...mas...quem... te...deu...esse dinheiro?
Vardielo- um senhor que não se mexia e nem  falava nada. E sabe onde ele guardava o dinheiro?
Narrador- a mãe cada vez mais confusa, sacudiu a cabeça.
Vardielo- Na barriga!
Granóia - Matou a galinha, quebrou os ovos, alagou a adega, estragou um saco de farinha, quebrou pratos e copos, comeu toda a marmelada. E além de tudo quer me deixar louca!
Narrador - Pegando a vassoura, expulsou o menino de casa gritando:
Granóia - Suma daqui ! Não quero vê-lo nunca mais!
Narrador - Logo, porém, a paz voltou a reinar na casa, pois Granóia estava muito contente com todas as moedas de ouro que vardielo havia trazido.
Narrador - Orgulhoso do fato, o rapaz começou contar para todo mundo sobre o tesouro. Quando os juízes ouviram a notícia, quiseram esclarecer a situação. Convocaram Vardielo ao tribunal e perguntaram-lhe:
Juiz 1 - Onde você achou as moedas de ouro que disse ter levado para casa?
Vardielo- ( bem tranqüilo e inocente). Vendi um rolo de tecido a um senhor que nunca dizia nada nem se mexia.
Narrador- Os juízes o olharam admirados e o presidente perguntou:
Presidente: Quando você fez este extraordinário negócio?
Vardielo- Lembro-me muito bem - foi no dia que sentei em cima dos ovos para chocar e que comi todo o veneno, que não era veneno que a mamãe deixou no armário.
Narrador - Os juízes  entreolharam-se espantados e o presidente fez um sinal com o dedo na testa. Depois, entre eles, disseram:
Juiz  2- Esse rapaz é um idiota.
Juíz 1- Com certeza!
Presidente- Todos tinham razão quando diziam que ele era um abobalhado.
Todos- È mesmo um idiota!
Narrador- Então dispensaram Vardielo, que voltou para casa. Granóia o abraçou feliz, enquanto pensava:
Granóia: Todos dizem que Vardielo é bobo, mas não acredito! Como poderia vender um rolo de tecido por tantas moedas de ouro, se ao contrário, não fosse muito esperto?


Abertura


            Bom dia para todos!
            Hoje, nós estamos aqui reunidos na presença de vocês para apresentar alguns teatros, e para falar sobre a importância de se ler um livro.
            Através deles, nós podemos viajar para os mais diferentes lugares, conhecer os mais diferentes tipos de personagens, viver diferentes aventuras, viver uma vida que não é a nossa, sonhar o impossível, navegar no paraíso de diferentes conhecimentos, ampliar a nossa cultura.
            Um grande escritor, o Padre Antônio Vieira, assim um dia já falou do livro:


Giane  “ O livro é um mudo que fala,
Amanda - um surdo que responde,
Fabiana - um cego que guia,
Graziele - um morto que vive.”

Meninos - “Um livro aberto é um amigo que fala.
                   Um livro fechado é um amigo que espera.”


Todos -
Um livro
É uma floresta
Com folhas e flores
E bichos e cores.
É mesmo uma festa,
Um baú de feiticeiro,
Um navio pirata no mar
Um foguete perdido no ar,
É amigo e companheiro.”

                                   Elias José.



Roteiro para apresentação:

1)    Agora iremos apresentar o teatro Vardielo, um conto popular com os alunos da 3ª e 4ª séries.
Narradoras: __________________________
______ como Vardielo, 
_______como Granóia, 
________, ______, _______ como vizinhos, 
_____como gato e juiz, 
______ como galinha e juiz, 
_______ como estátua.
2)    Teatro “A Coisa...”  de Ruth Rocha.
3)    Maria Angula _ Conto popular  originário da República Dominicana.



Giane  “ O livro é um mudo que fala,
Amanda - um surdo que responde,                                                                    
Fabiana - um cego que guia,
Graziele - um morto que vive.”

Meninos - “Um livro aberto é um amigo que fala.
                   Um livro fechado é um amigo que espera.”


            Todos -
            “ Um livro
            É uma floresta
            Com folhas e flores
            E bichos e cores.
            É mesmo uma festa,
            Um baú de feiticeiro,
            Um navio pirata no mar
            Um foguete perdido no ar,
            É amigo e companheiro.”

                                   


                                   Elias José.






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